Monitoramento

O Laboratório apresenta duas frentes de monitoramento costeiro, o participativo e o topográfico. O primeiro é realizado utilizando-se a metodologia do Projeto CoastSnap, uma iniciativa mundial de monitoramento praial e da linha de costa por meio de práticas de ciência cidadã. Os frequentadores desse ambiente costeiro, por meio de fotos periódicas retiradas nas estações fixas do projeto, são a peça chave para a aquisição de dados referentes à dinâmica das praias, seus processos e agentes costeiros envolvidos.

Por sua vez, o segundo envolve a ida a campo para a aquisição de dados referentes ao engordamento ou estreitamento da faixa de areia e medição de parâmetros oceanográficos e meteorológicos, como as características das ondas e dos ventos. Por ser uma modalidade que necessita de uma robustez maior de dados e a necessidade de conhecimentos prévios, tal monitoramento é realizado pelos membros do laboratório. Historicamente o laboratório realiza monitoramentos contínuos em praias das zonas Oeste e Sul carioca, Barra de Maricá e Região dos Lagos.

Atualmente, são utilizadas trenas e balizas milimetradas, conhecido como “método das balizas de Emery”, que consiste na leitura da diferença de nível entre duas balizas, distantes em 2 m cada uma, desde o pós-praia (por vezes onde estão presentes os calçadões) até o ponto onde as ondas quebram.

Técnica de balizas de Emery sendo aplicada em Ipanema
Nível topográfico e Tripé
Nível topográfico e régua
Nível mirando na régua
Esquema Baliza Emery
Balizas de Emery Ipanema
Baliza e régua para topografia
Medição de perfil topográfico com balizas de Emery no Arpoador, Rio
Estação CoastSnap na praia do Peró, em Cabo Frio.
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Coast Snap

O CoastSnap é uma iniciativa mundial de monitoramento participativo de praias, ou seja, funciona por meio da ciência cidadã. O projeto foi idealizado pela University of New South Wales (UNSW) localizado em Sydney e atualmente existe em mais de 100 países pelo mundo todo. O projeto funciona através de fotografias tiradas da praia por qualquer cidadão, sempre do mesmo ponto e ângulo para permitir a comparação das fotos, em.locais onde o projeto possui suas estações. Após tirar a foto a pessoa envia por meio de um Qrcode ao responsável pelo projeto. Com as fotos dos voluntários a equipe do projeto consegue criar pontos de controle para georreferenciar e processar as informações. É como se as fotos comuns de celular se transformassem em fotos aéreas, com as quais podemos mapear a posição da linha de costa, medir a largura aa faixa de areia, estimar o número de pessoas na praia, observar mudanças na vegetação ou até algum tiponde poluição. 

Por ser um projeto com a colaboração da sociedade é possível ter um número de fotos muito maior do que se a equipe de pesquisadores tivesse que ir em cada praia. Recebemos atualmente no estado Rio de Janeiro entre 6 e 10 fotos diariamente de nossas 11 estações. Além de aumentar o número de dados e ajudar no monitoramento, a ciência cidadã também aumenta o engajamento da sociedade que passa a se sentir parte da ciência e começa a ter um outro olhar para o ambiente costeiro. A praia passa a ser local de monitoramento de todos e nao apenas da Univeesidade. Este projeto está sendo financiado atualmente pelo CNPq com o nome “CoastSnap Brasil: um click da praia”.

Links:
https://www.spotteron.com/coastsnap/
https://www.coastsnap.com/

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